Após experiência profissional no Japão, Rogério Ueta fundou a Laav, rede de oficinas de funilaria express e estética automotiva
PAULO GRATÃOATUALIZADO EM Antes de tirar a ideia a oficina Laav do papel, em 2014, Rogério Ueta, 41 anos, se dividia entre o Japão e o Brasil. Ele viveu boa parte da infância no país asiático, voltou para o Brasil aos 10 e retornou ao Japão aos 18. Lá ele trabalhava com controle de estoqueem uma fábrica da Nissan. “Eu queria empreender para ter mais tempo para a família e uma condição financeira melhor, mas não tinha tempo”, diz. Hoje, é dono de uma rede de franquias que fatura R$ 12 milhões.
Rogério conta que empreender no Japão parecia “muito mais difícil” do que no Brasil, pois tudo já era “muito estruturado”. Em suas visitas ao seu país de origem, no entanto, ele percebia uma enorme oportunidade de tentar trazer o nível de serviço que via por lá. Assim, em 2007 ele convenceu a esposa, Sirlene Ueta, também com 41 anos, a cruzar o globo com ele para iniciar uma jornada empreendedora por aqui.
O primeiro passo foi buscar uma franquia. Ele já conhecia o sistema no Japão, e considerava que era uma boa forma de iniciar um negócio já estruturado. Assim, foi franqueado da Microlins durante três anos. “Foi aí que eu tive a vontade e inspiração de criar um negócio que fosse franqueável.”
Ele deixou a rede em 2010, em busca de um mercado que estivesse em alta. Em suas pesquisas, identificou que os segmentos automotivos e de beleza eram os mais promissores. Com a esposa, resolveu apostar nos dois. “Eu fiz um lava rápido, minha esposa, uma esmalteria. Tocamos os dois, mas ela acabou vendendo o salão, porque o outro negócio começou a se destacar.”
Nos anos seguintes, o empreendedor ajustou identidade visual, buscou diferenciais e adequação do público-alvo. O primeiro negócio se chamava Pit Stop, ele ainda teve um segundo empreendimento no ramo antes da abertura da Laav, em 2014, já com a ideia de transformar em franquia.
A Laav é uma oficina de estética automotiva que oferece serviços “de forma descomplicada e eficiente”, com grande apelo ao cuidado com cliente. Os serviços oferecidos vão de funilaria e pintura até polimento, higienização do interior, oxi-sanitização, vitrificação de pintura, cristalização de pintura, hidratação de couro e descontaminação de vidros.
“A nossa proposta é transformar a informalidade dos serviços automotivos em algo mais profissional e simples para o cliente, trazendo processos de controle de qualidade e eficiência na produtividade que vimos nas fábricas japonesas”, afirma Rogério. De acordo com ele, o cliente acompanha os serviços, e entende tudo que é feito (ou não) em seu carro, sem linguagem técnica.
O negócio se tornou franquia no mesmo ano em que foi fundado. Hoje são 12 unidades instaladas na região Metropolitana de São Paulo. O faturamento em 2021 foi de R$ 12 milhões e a perspectiva para este ano é crescer em outras cidades do estado, além de Minas Gerais e Rio de Janeiro, e fechar com R$ 15 milhões de receita.
O investimento inicial para quem quiser ser um franqueado da marca é a partir de R$ 198 mil. O valor inclui taxa de franquia, adequação e insumo inicial. O prazo de retorno é estimado em até 24 meses.
* Este conteúdo foi alterado para corrigir os valores de investimento inicial