Do desafio a conquista, essas mulheres empreendedoras romperam barreiras e transformaram suas ideias em negócios milionários, conquistando um recorde histórico no mercado nacional

Em um mundo onde a igualdade de gênero é uma busca constante, mulheres empreendedoras estão conquistando um espaço cada vez mais significativo e desafiando os padrões do mercado.

De acordo com dados fornecidos pelo IBGE, no final do ano passado haviam cerca de 10,3 milhões de empreendedoras no Brasil, um recorde histórico que passa uma mensagem para o mercado – elas vieram para liderar.

Os números representam cerca de 35% do mercado econômico nacional, e a tendência é de crescimento para os próximos anos, tornando-as maioria dentro do segmento.

Em alguns setores a presença feminina é ainda mais comum, como é o caso de serviços onde elas não apenas fazem frente aos homens, como os superam em números (cerca de 53%), de acordo com dados do SEBRAE.

Um dos exemplos é a dupla Gisela Prochaska e Deborah Paulino, fundadoras do Stylebar, rede de salões de beleza de São Paulo que se tornou um sucesso trazendo um olhar inovador para dentro do mercado estético.

O negócio se destaca também pela presença de mais três mulheres empreendedoras – a filha de Gisela, Luiza Justus, e as de Deborah, Carolina e Bianca Paulino.

“A força da mulher no empreendedorismo hoje é muito potente, e quando existe dedicação, persistência e amor pelo que se faz, dá certo.

Ao empreender, cria-se independência financeira e emocional.

Sempre fizemos questão de mostrar isso para as meninas, e elas vieram com a gente nessa estrada, cada uma trazendo para dentro do negócio seus sonhos e ideias.

É uma mistura caseira” afirma Prochaska.

Assim como o quinteto, outras histórias inspiram e mostram o poder feminino dentro de um mercado historicamente masculino.

Elas trazem diferentes perspectivas e mostram um olhar que vai além do lucro, e pensa também no bem-estar social.

Conforme mencionado pela potiguar, o franchising é um dos favoritos entre o público feminino – de acordo com a Associação Brasileira de Franchising (ABF), metade das franquias do país são gerenciadas por mulheres.

Um dos exemplos é a Laav, rede de funilaria descomplicada que possui 17 das 34 unidades com lideranças femininas.

Quem está à frente da marca é a paulistana Sirlene Ueta.

“Quando iniciei no ramo foi bem difícil quebrar esse preconceito de que apenas homens entendem de carros.

E isso partia de todos os lados, fornecedores, clientes e até mesmo da própria equipe.

Já tive minha cota de experiências desagradáveis em oficinas, onde eu perguntava algo e o funcionário respondia para o meu marido.

Criamos a Laav não apenas para descomplicar esse mercado, mas para torna-lo inclusivo a todos”, explica Sirlene.

Por isso, em homenagem ao Dia do Empreendedorismo Feminino, 19 de novembro, separamos essas e outras histórias de mulheres empreendedoras de todos os cantos do Brasil, que vão desde uma professora do interior de Santa Catarina que criou sua própria metodologia de ensino baseada nos princípios da neurociência, até mesmo uma carioca que começou como recepcionista e hoje é diretora da maior rede de produtos eletrônicos nacionais.

 

1. Stylebar

Fundado em 2018 por Gisela Prochaska e Deborah Paulino, em São Paulo, o Stylebar trouxe para o brasil o conceito de ‘Easy Beauty’, um método que traz agilidade e rapidez no cuidado e tratamento dos cabelos.

Faturando mais de R$10 milhões ao ano, a marca está em processo de expansão nacional, e irá inaugurar a primeira unidade fora do estado, em Pernambuco.

A presença das mulheres na rede é absoluta – franqueadora, franqueadas, colaboradas e claro, clientes.

 

2. Cuidare

Criada em Natal, no Rio Grande do Norte, a Cuidare Brasil rapidamente se tornou uma das maiores redes de cuidadores de pessoas do país.

Fundada pela enfermeira Izabelly Miranda, a rede conta com mais de 70 unidades espalhadas em 20 estados brasileiros.

Um dos principais diferenciais de marcado é um sistema próprio que serve para gerenciar eficientemente cada unidade, promovendo mais engajamento dos cuidadores e facilitando a troca com os clientes.

 

3. Peixinho Feliz

A Peixinho Feliz nasceu em Chapecó, interior de Santa Catariana, quando a professora Damir Former observou falhas no ensino infantil aplicado no país.

Assim, ela criou uma metodologia de ensino inovadora, baseada nos princípios da neurociência.

A iniciativa serviu para ela criar a Peixinho Feliz, primeira franquia especializada em educação infantil do Brasil, que fatura mais de R$8 milhões ao ano priorizando assuntos como educação ambiental, alfabetização financeira, entre outros.

 

4. LOFT

Diferente das outras empresas da lista, a LOFT foi criada por um homem, Marcos André.

Entretanto, foi através da carioca Rachel Fitá que a empresa decidiu entrar no franchising, e se consolidou como a maior do segmento no país.

A história de Rachel começou quando foi contratada por Marcos em uma outra empresa, para o cargo de recepcionista.

Entretanto, conforme os anos se passaram, ela assumiu um papel cada vez maior, e hoje é Diretora de Expansão da marca, que conta com mais de 40 unidades espalhadas pelo Brasil e um faturamento superior a R$50 milhões.

 

5. Laav

Criada pelo casal Rogério e Sirlene Ueta, que hoje está a frente do negócio, a Laav surgiu em São Paulo em 2012, com a proposta de descomplicar as oficinas automotivas, oferecendo serviços claros e um ambiente mais inclusivo.

Com mais de 30 unidades espalhadas pelo Brasil, a rede deve superar a marca e R$18 milhões de faturamento, e se destacada um fato inusitado – mais da metade de suas unidades são lideradas por mulheres, algo incomum dentro do mercado automotivo.

 

Fonte: Mercado Com